O tempo é também o caminho de "alguém", segundo o qual tem um
percurso, uma trajectória que se desloca do ponto X para o ponto Y, o que
significa que é possível descrever uma linha que segue de um ponto para o outro.
É de facto assim que acontece na vida um percurso que se
faz, porque continua descrevendo um “rumo” de determinada direcção.
O trajecto sendo que no seu início constitui novidade, à
medida que se vai caminhando se conhece esse mesmo percurso, seus obstáculos e
dificuldades, que advém da contingência natural.
Seguindo determinado percurso, em que as circunstâncias
ocorrem, às vezes por difícil acesso inadequado para prosseguir, embaraços que
acontecem, sendo por isso necessário continuar.
No entanto, a experiência vivida vem como resposta porque se
tornou habitual devido ao impedimento causado por essa contrariedade.
Essa passagem do "tempo" que galvaniza, como se de
um revestimento de protecção se tratasse decorre da vida prática que certifica os momentos
difíceis que se transpôs face a persistência e conhecimento dessa adversidade.
Porquanto este tempo absoluto em nossas vidas domina toda a
nossa conjuntura actual, é nesta visão temporal que resistimos a todas as transformações, na intenção de prosseguir
o caminho "certo".
Contudo, sabemos da finitude da espécie humana, enquanto
existência física, decorrente da efemeridade da vida terrena.
Submetida a “vida
material” condicionada uma permanência de tempo, em que a longevidade é
desejável, porquanto viver é um imperativo lógico e racional.
Aliás, zelar e conduzir
a vida é uma das atribuições que compete ao homem e mulher, uma pretensão
subjacente que coabita na humanidade desde sempre.
Claramente, parece
firmada esta relação da vida e a humanidade, em que se interliga o útil e o
agradável uma simbiose perfeita um desígnio a ter em consideração.
Na vida e no tempo em que vivemos em que o universo se situa
no espaço temporal, sendo por consequência o nosso Planeta Terra no qual
habitamos, é natural que esta geração e as gerações vindouras desejem esta continuidade.
O tempo realmente flui para o futuro, porquanto é o seu percurso interminável (...), em que o passado é tão transcendental que apenas é um estado que se passa no imaginário dessas reminiscências que o tempo irreversivelmente anulou.
Contudo, parece um paradoxo, mas é assertiva esta explanação, em que todo este "tempo é um tempo perecível", se considerarmos que os instantes, minutos horas, dias, meses, anos e assim sucessivamente, são consumidos pela irreversibilidade.
É uma dinâmica que nos transcende, porque como criaturas a viver no mundo material, há complexidades para as quais, seria utópico o seu pronunciamento, por se revestir de uma especificidade tal "inacessível".
Conhecer, os "meandros" dessa "nobre conjuntura" para qual só enfatizamos, em extrapolações (...).
Porque o nosso "mundo material", é como uma "ante-câmara", servirá para conhecer apenas e tão somente este no qual vivemos, enquanto existência física submetida a sua finitude aquando da falência orgânica de cada um.
Outra realidade, que é a "especificidade de outra dimensão de vida", que ocorrerá aquando esta actual que vivemos, concretamente, ao indivíduo em particular terminar como existência física.
Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para
deixarmos mais algumas percepções sobre o tema a "irreversibilidade do
tempo". António Cardoso
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