quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

"A irreversibilidade do tempo (...) 278





Há momentos em que uma análise deve ser feita, sobretudo para a compreensão de determinado período de tempo já decorrido, contudo difícil em que foram neutralizados actos e acções incompatíveis em determinada conjuntura.
Se considerarmos que determinado período ocorreu manifestamente contrário as pretensões e desejos, culminando negativamente.

Na vida e no tempo em que vivemos, a dificuldade é uma constante lançada sobre "alguém" provocando enormes contradições.

Constituindo essa realidade, não como uma abstração algo isolada, mas concreta, um desconforto por essa situação, cuja implicação susceptível de criar danos morais pelo estado de frustração que ocorre quando essas situações acontecem.
É evidente que a vida que encaramos pela frente encerra uma diversidade de acontecimentos, em que as intervenções pontuais identificam os "problemas" que depois de constatados necessitam de soluções. 
As resoluções devem ser criteriosas e atempadas, para não caírem no "relaxe" desvirtuando o seu contexto e provocarem situações mais embaroçosas.

É absolutamente importante entender a partir do interior de cada "problema", não ter apenas uma visão externa e superficial em como "determinado problema" se apresenta, mas indo ao seu âmago, para vasculhar causas e efeitos. 
A compreensão de certos "problemas" dentro de dado contexto, evidenciam certamente supostas relações que dão algumas pistas para a sua resolução, não se trata de fenómeno isolado, mas algo recorrente na sociedade em que soluções devem ser executadas com a devida prontidão.
Assim, desta forma, as implicações de certos "problemas" expressos num "espaço temporal" difícil para "alguém" que constituem já o passado desse mau período, não deixam contudo de restar alguns fragmentos, uma pequena parte de um todo, dessa situação adversa. 

Resgatar desse mau período, significa recuperar algo comprometido por uma situação contrária, contudo que se obteve apesar dos sacrifícios, algo que esteve difícil para se conseguir.

É inegável que os aspectos relacionados com determinados contextos de uma vida "vivida", cheia de dificuldades, não passam despercebidos das intempéries desse mau período, não é de facto um "saudosismo", porquanto ninguém se congratula por um passado ruim, exagerado por "coisas" e certos momentos adversos. 
Antes pelo contrário, "ninguém quer recordar esses maus períodos", contudo aconteceram e com eles se aprendeu a viver da diversidade conjuntural contextualizada desse período.
Se, por um lado, as situações "vividas", fazem parte da expressão de uma  demonstração das ideias que se manifestam pelos sentimentos, segundo os quais, foi possível "viver e aprender", bem como lidar com o turbilhão de adversidades. 

Por outro lado, face a essa experiência “vivida”, desse mau período de adversidade serviu para testar a capacidade humana, sobretudo pela convicção subjacente da tenacidade e persistência, um atributo favorável intrínseca na humanidade pela inacta intuição de sobrevivência.

Assim, na expectativa de que o nosso discurso possa deixar mais algumas percepções sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso 

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