sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

"A irreversibilidade do tempo (...) 279




De facto a “vida material” que obrigatoriamente determinada pessoa tem que viver é imperativa que se expressa com autoridade, vida essa que é a actual que irreversivelmente começa e termina no nosso mundo material.

Sim, é verdade vivemos uma “vida material” condicionada a efemeridade, porquanto detentores do corpo-matéria, perecível,  que cada um vive, enquanto existência física.

Naturalmente, face a longevidade de cada pessoa, que é variável, que poderá ser X ou Y, dependendo claramente o tempo que cada uma poderá viver, uma permanência de tempo nesta “vida material”, mais longa ou não.

Assim, é evidente que reconhecendo este imperativo da condição humana, que é concretamente viver uma "vida material", em que o bom senso para a prudência levá-nos a considerar, este desfecho concreto na vida das pessoas.

Que é viver, enquanto existência física num corpo-matéria susceptível a sua finitude, quando esta ocorrer pela falência orgânica de que somos constituídos, uma inevitabilidade irreversível.

A continuidade da vida de cada pessoa neste mundo material é aquela que em bom rigor "alguém" leva determinada vida pelo vigor dela decorrente,  consubstanciada pela harmonia e felicidade, uma ausência total de "eventual debilidade", emocional ou psicológica, que se expressa numa vivência sã e de bem-estar.

Contudo, não invalida os pressupostos intrínsecos a "vida material", que fazem parte dela, como se de um conteúdo se tratasse, de "coisas" boas ou não, que se traduzem em obstáculos e dificuldades, uma vida repleta de adversidades, ou ainda de percepções, pretensões, desejos e anseios.

É multifacetada toda esta conjuntura actual, que determinada pessoa vive, porquanto é experienciada nesta actual "vida material", uma rotina exercitada no dia-a-dia,  que se baseia na verdade desse valor prático de cuja utilidade se procura fazer bem e melhor.

No entanto, todo esse pragmatismo se revela afinal no "dilema" uma circunstância árdua e difícil que se torna insatisfatória de viver uma vida "vivida" condicionada a sua efemeridade e consequentemente submetida a determinada "permanência de tempo".

Um vínculo que entre a "pessoa e a vida" este desconforto antagónico, se por um lado existe um desejo ardente de viver.

Por outro lado, a imposição categórica desse pressuposto que se descodifica algo até então indecifrável (…), porquanto, a "vida material", termina como aliás o que é matéria é susceptível à sua corrupção e degradação.

Esta leitura "nua e crua", no tocante ao "fim último da vida" em como a humanidade está condicionada, constitui para alguns um total "cepticismo".

Se, efectivamente, para estes "cépticos" que ainda não têm  uma concepção clara sobre o assunto, talvez pela sua complexidade, contudo, uma certeza têm que esta vida que é material termina, no entanto, insatisfeitos com o desenlace da "vida material".

Todavia, temos aflorado nos nossos excertos anteriores, que esta "vida material", de facto termina, mas a especificidade humana é composta para além desta componente orgânica, corpo-matéria, perecível, por um lado.

Por outro lado, a alma-espírito, uma "sublimidade" sobrenatural faz parte de um todo da pessoa humana, contudo, apenas temos a experiência desta actual "vida material", porque a vivemos dessa experiência, como sabemos porque cada pessoa termina irreversivelmente aquando da ocorrência da sua falência orgânica.

Como especificidade sobrenatural, de que somos também assim formados na vertente "alma-espírito, ao mundo material que é o actual nosso espaço global torna-se incompatível à sua compreensão, sobretudo pela "inacessibilidade" que se reveste para dele conhecer.

Assim, o nosso discurso procurou direcção exacta para deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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