sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
"A irreversibilidade do tempo" (...) 297
De facto o tempo é precioso na vida das pessoas, contudo é recorrente referir-se ao tempo como uma necessidade pela sua falta.
Ou porque falta mais tempo para determinadas tarefas, sendo este insuficiente pois não chega para tudo o que se quer fazer.
Não é recente a escassez da falta de tempo esta manifestação remonta já há imenso tempo e é quase como indefinível uma sensação de carência, por algo que queremos tanto que é o tempo, pela ausência deste bem tão precioso.
É cada vez mais intensa a vontade de fazer imensas "coisas", contudo, o sentimento inequivoco da falta de tempo, constitui a insatisfação que quebra o ânimo um afrouxamento, resultante de alguma motivação decepcionante.
Apodera-se a ângustia face a impotência que se traduz no desejo de fazer imensas "coisas", contudo, atabalhoadamente, o tempo precioso que se tem é gasto futilmente.
E o que faz são apenas realizações medíocres, que aumentam mais o estado emocional pelo desgaste e frustração.
Uma necessidade de transformar aquele momento nostálgico e deprimente, com algo que faça renovar para melhor, pela sensação subjacente que se vislumbra no horizonte uma ténue esperança.
E corre-se atrás destes desejos e inquietações, contudo, o tempo é tão frenético e fugidio envolvendo-se de alto a baixo como um todo, e preplexos pelos afazeres da vida que se tem pela frente.
A escassez do tempo é uma constante, porque não há tempo sequer para fazer uma pausa e observar, o que já se fez, mas falta tanto por fazer (...), e o tempo é tão dininuto.
A noção de falta de tempo nos nossos dias e sentida pela esmagadora maioria da população do nosso espaço global, uma observação assertiva e real.
Sobretudo com o fenómeno da modernidade essa integração que se proliferou pelas sociedades que a transfigurou, sendo que a percepção da falta de tempo é cada vez mais notória.
A pressa que nos estimula para fazer imensas "coisas", já com o pressuposto da escassez de tempo, no entanto a preocupação em rentabilizar este tempo, faz com que um balanço seja efectuado, em que algumas tarefas podem ser transferidas para o dia seguinte.
Porquanto, o que é inadiável e obrigatório obedece aos planos que se sucedem e vão acontecendo porque se tem a responsabilidade de os concluir, e o tempo como está planificado, não se corre o risco de ficar por fazer.
É necessário ponderar, partindo de uma base concreta, se efectivamente um dia são vinte e quatro horas, logicamente que não são todas estas horas absorvidas pelo trabalho e tarefas.
Por isso é necessário fixar o devido tempo para tarefas pontuais, estabelecendo metas e tempos imediatos, e seguir uma ordem determinada.
As demoras exageradas de algumas tarefas, prejudicam o desempenho de outras pelo desperdício de tempo que é preciso render, porque os momentos, as horas minutos passa repentinamente.
Deve-se observar cada pormenor, e ganhar tempo, que pode servir para alguma tarefa em especial, que não está planificada, contudo é urgente.
Vivemos uma cultura de mãos dadas com modernidade, em que se aglutina o passado, o presente e o futuro, em simbioses perfeitas, que se expressa com o aumento crescente tecnológico, sobretudo pela versatilidade e rapidez com que se executam determinados trabalhos.
Existe uma visão crítica com a contribuíção de uma análise livre e de valorização sobre determinados parâmetros, em que as diversas tecnologias se assumem pelo trabalho manual que era feito pelas mãos humanas, hoje são executadas por estas.
A avaliação que era dada a massa trabalhadora, pela sobrevalorização pelo empenho e dedicação, valor especial subjacente nalguns trabalhadores, puderam potenciar os seus conhecimentos com formações e hoje, paralelamente executam diferentes tarefas com elevados índices de qualidade e produtividade.
É sem dúvida o "resgatar" o poder de criatividade e inovação da "mentalidade humana", esta espiral crescente e progressiva que visa a evolução do nosso espaço global onde nos situamos.
Assim, na expectativa de puder deixar mais algumas percepções sobre o nosso tema a "irreversibilidade do tempo", fizemos desta forma. António Cardoso
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