segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

"A irreversibilidade do tempo" (...) 298





No tempo em que vivemos, há sempre lugar para a reflexão crítica sobre determinado assunto, com a finalidade de analisar alegações e fundamentos, diferentes opiniões, permitindo a apreciação e discussão detalhadas de determinadas questões.

Que em determinado "tempo", se  tornam oportunas estas discussões, uma análise profunda pela tomada de consciência, sobretudo pelo enfoque das controvérsias que se esbatem pelo rigor da moderação exigida nesses debates.

Em determinada conjuntura, há um certo momento específico em que certas questões não devem ser proteladas por mais tempo, mas discutidas em que as resoluções sejam adequadas as diferentes situações.

O objectivo em desencadear reflexões críticas é  no sentido de materializar diversas experiências, na forma de agir e pensar sobre determinados temas.

Em que cuja discussão privilegie a investigação interventiva e crítica de certas questões sobre a qual abordamos diversos assuntos, entre os quais a "especificidade humana" está no centro de todas as questões.

Os  diferentes contextos  são tidos em consideração, que variam de contexto para contexto, e as incidências de realidades que muito se aproximam do cerne do "problema",  com especificidades, segundo às quais, o pormenor faz toda a diferença.

Na vida e no tempo, assistimos a busca incessante (...) pela humanização,  é o problema principal e prende-se com situação do homem enquanto pessoa humana uma "obra inacabada", se considerarmos por um lado a sua finitude enquanto existência física, a viver uma "vida material".

Por outro lado, o carácter que absorvemos e do qual, homem e mulher, é uma realidade.

Mas o tornarmo-nos mais humanos, sobretudo nos nossos actos e acções, os comportamentos e atitudes, é bem diferente sobretudo, pelo uso que atribuímos à vida displicentemente?!. 

Talvez pelo facto de a não conhecermos na sua "essência", sendo que este obscurantismo prevalece.

Porquanto, a "experiência material" que exercitamos no dia-a-dia, porque todos os dias "se nasce e se morre", uma contingência imperativa da nossa condição humana.

Contudo, a experiência que temos é mais material do que "outra qualquer" porque a desconhecemos.

A finitude da espécie humana se restringe ao mundo material, que é o actual espaço global onde vivemos, contudo, que se vive e se extingue por ocorrência da falência orgânica e material de que somos formados.

A este pressuposto que a humanidade está irreversivelmente submetida, faz com que a procura dessa "suposta humanização", passe ao lado, pela inacessibilidade da sua compreensão.

Porque vivemos apenas um período "preliminar" da vida, porquanto ela, na sua plenitude é um todo, portanto é inteira, o que acontece é que só vivemos uma parte que é esta única experiência de que a humanidade tem a "vida material".

Como é lógico, porque a plenitude da vida propriamente dita não é esta "vida material" que vivemos, existe uma componente "sobrenatural", designadamente trata-se da alma-espírito,  que para qual não temos esta experiência no actual mundo material que vivemos.

Uma vivência "desconhecida", pertence  ao "sobrenatural", portanto a sua complexidade de que o assunto se reveste é diametralmente oposto o seu conhecimento, incompatível com o actual mundo material, por serem realidades diferentes (...).

Com é evidente, como poderíamos interpretar o "sobrenatural"?  É algo desconhecido que prevalecerá, até pelo seu antagonismo, não é misturável material e sobrenatural?! 

Por isso, é a "vida material" que vivemos, na actual conjuntura onde nos situamos, que é o nosso espaço global,  é uma "obra inacabada".

Vivemos a semelhança de "sala de espera", como ante-câmara da verdadeira vida (...) que não é material, mas sim  "sobrenatural". 

Assim, na expectativa de que o nosso discurso possa deixar mais algumas percepções sobre o tema a "irreversibilidade do tempo", fizemos desta forma. António Cardoso 

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