sábado, 11 de março de 2017

"A irreversibilidade do tempo" (...) 316




A "limitação" é a noção de um limite imposto a espécie humana porque está assim condicionada, viver uma "vida material" num determinado "espaço temporal".

Se considerarmos que a longevidade das pessoas é traduzida por uma vida longa, sendo esta expressa em "tempo de vida, tendo como estimativa a base de duração máxima de cem anos, por um lado.

Por outro lado, a humanidade em geral e a pessoa em particular, está submetida a viver uma "vida material", enquanto existência física, num corpo-matéria.

O limite de uma vida (...), é natural e irreversível, porquanto viver uma "vida material", é plausível que assim aconteça, pois que a humanidade é constituída organicamente por corpo-matéria sujeita a determinado "tempo de vida", sendo necessariamente uma consequência que é exercida de modo imperativo.

Que é o de viver uma "vida material", num corpo-matéria no actual mundo em que vivemos, podendo ter uma vida longa ou não.

No entanto, são determinantes os factores que contribuem para o bem-estar, a predisposição natural, e o estado anímico e psíquico.

Assim, é indispensável ter a nítida percepção da dimensão do bem e do mal, da moral e do imoral, do certo ou errado, que também impõe sobre as pessoas uma "limitação sobre o comportamento mais adequado.

Um prática que é exercida no dia-a-dia, que vem confirmar a aceitação das regras da sociedade, porque impomos em nós próprios esta conduta em que os limites pessoais nas relações humanas,  e o confronto de ideias a tolerância, o respeito pela diversidade de opinião, convergem para melhor entendimento saudável e cordial convivência.

De facto, confrontada que está a humanidade na sua generalidade, na "limitação" da actual "vida material", cabe ao indivíduo em particular, porquanto é um ser social e possui a sua individualidade, contudo não é perfeito (...).

E sob todos os aspectos está "limitado", no entanto precisa de viver consigo mesmo e com os outros, em que as regras se pactuam por um código de conduta, evidentemente.

É inevitável as barreiras entre o "limite" pessoal e social, cada um com a sua especificidade, pois existem "simbioses perfeitas" em que a harmonia e cordialidade são possíveis porque se expressam num desígnio comum que os anima e torna sustentável o convívio social.

Nesta convivência, a humanidade se apercebe de que afinal os sonhos são "sonhos", que não expressam a realidade, é apenas uma perspectiva "daquilo" que se almeja, que tanto se quer que aconteça.

Contudo, condicionado com a "irreversibilidade do tempo", esta certeza cada vez mais presente, às vezes atemoriza-o, deixando-o perplexo e nostálgico (...).

Neste contexto, "paga-se" um preço bastante elevado, que é o da existência, de "alguém" um acontecimento real e concreto que se circunscreve a cada um de nós, na "engrenagem" da humanidade.

Assim, na expectativa de que o nosso discurso possa deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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