sexta-feira, 23 de junho de 2017

"A irreversibilidade do tempo" (...) 340




É no tempo em que vivemos que encontramos uma serenidade, um bem-estar com a vida, como se de um “crédito” a nosso favor fosse atribuído.

E com efeito, de facto é um “crédito”, a ter em consideração, uma conta aberta a semelhança de “conta bancária”.

Que nos é dado no começo da vida, que e a própria existência, no caso concreto, é uma vida material que usufruímos no actual espaço global onde estamos inseridos.

Assim,  é conveniente referir que dada a estrutura orgânica de que somos formados, um revestimento  que  é o corpo material, submetido as leis naturais que a existência humana é assim constituída.

Ao longo da vida e nesse tempo útil, a componente material que é o nosso corpo, um “bem não duradouro”, irreversivelmente vai perdendo às suas propriedades.

Justamente pelo enfraquecimento do organismo, a falta das unidades fundamentais que são células, por ocorrer essa disfuncionalidade caracterizada pela falência orgânica.

Ao acontecer determinada "anomalia orgânica" é uma exigência imperativa do normal funcionamento que envolve disfunções que traduzem em falência dos órgãos e demais componentes, como são as células.

Claro que a vida útil, é a "desejável",  porém condicionados que se está a viver determinada "vida material", este pressuposto já em si é uma contingência.

Inevitavelmente terá um desfecho que é a extinção da matéria de que somos formados, por ocorrência do fenómeno da sua degradação, uma consequência implícita nas leis naturais.

Contudo, observa-se a influência  de um determinismo que é a consequência em que se suportam certas "causas" porque as limitam.

Sendo por isso categórico, no entanto,  e discorrendo sobre esta situação, "incómoda", porque certamente gostamos de viver "indefinidamente (...).

Contudo, cientes da situação prevalecente, não existe por onde recorrer como forma de inverter o percurso no tempo, que cabe a humanidade em geral e a pessoa em particular "percorrer".

Este período durante o qual, sendo único por dizer respeito a "alguém", é natural que a intenção é a de preservar no sentido de prolongar por mais tempo, esta permanência de "vida terrena ou vida material" que será como um imperativo consignado no tempo (...).

Permanência essa, que equivale a dizer que é um determinado tempo de permanência, como tempo "vida material" a viver no actual  espaço global, contudo, enquanto existência física.

Que certamente ocorrerá o seu "desenlace" o desprendimento da "vida material", porque tem em si, um fim único, pela extinção da matéria a que somos formados organicamente.

Temos referido, tratar-se irreversivelmente da condição imposta a humanidade que a realidade insofismável, contudo, a espécie humana para além da sua constituição orgânica tem uma vertente, alma, espírito.

Esta outra realidade (...) que não é conhecida nem experienciada no mundo em que vivemos, dado o seu "secretismo", aliada a sua inacessibilidade, tem constituído tamanha incompatibilidade ao seu conhecimento.

Porquanto, pensamos que é impossível ao actual nosso mundo em que vivemos, sobretudo por ser material conhecer do que "se passa", noutra realidade (...) que é sobrenatural.

Daí que é antagônico qualquer discussão sobre o assunto, porquanto, esse "conhecimento" está vedado ao mundo material, é necessário uma "passagem", a que chamamos noutros discursos, "metamorfose", transcender-se deste mundo material.


Assim, na expectativa de puder deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo", fizemos desta forma. António Cardoso

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